Com o tema “Jornalismo Literário e Mercado”, o escritor e professor Sérgio Vilas Boas encerrou, nesta quinta-feira (7), a sequência de mesas-redondas ocorridas ao longo da II Semana de Jornalismo da UFC.

O convidado iniciou seu discurso falando sobre abordagem do tema Jornalismo Especializado, que esteve presente em todos os dias do evento. Segundo ele, “Jornalismo é uma maneira de fazer que se aplica a qualquer área”. Além disso, frisou a importância das especializações na era digital.

Ao falar da evolução do Jornalismo Literário no Brasil nos últimos 10 anos, mencionou a participação de pessoas de vários lugares do país, como Piauí, Santa Catarina e São Paulo. Frisou também estados como Ceará e Minas Gerais, que possuem cultura regional forte e precisam aproveitar esta característica para fortalecer suas produções.

Com um panorama histórico traçado sobre o Jornalismo de Imersão – ou Investigativo – Vilas Boas explicou os porquês de o Brasil ser um país atrasado em se tratando do assunto, sem esquecer dos bons momentos do país, com as revistas Cruzeiro e Realidade como exemplos.

No decorrer da palestra, o professor não esqueceu de falar do início e do porquê da restrição dos jornais brasileiros ao gênero estritamente noticioso, e de como a era digital ajudou para a volta do Jornalismo Literário.

A posição da mulher no jornalismo também foi ressaltada pelo professor. Segundo ele, é irrefutável sua presença no jornalismo atual, principalmente no Literário. “Elas ainda não dominam os cargos de chefia. Mas em São Paulo, por exemplo, as redações de impresso e os estúdios de TV são praticamente delas”, ilustrou o palestrante.

A escassez de bons editores também foi citada no debate. A decorrência disso, segundo Vilas Boas, são pautas sempre ligadas à agenda, a temas ou a biografias. No Jornalismo Literário, as produções se baseiam em personagens, histórias de pessoas que se destacam da multidão. Para ele, é função das editorias orientar e abrir novos caminhos para os jornalistas.

O escritor ressaltou, ainda, a diferença entre ficção e mentira. Provocou o preconceito que afirmou ser essencialmente brasileiro: “Acredito muito mais no Dostoievski escrevendo sobre a Rússia que em qualquer historiador falando sobre o mesmo lugar no mesmo período”. Após responder perguntas de estudantes e convidados, encerrou sua participação ao deixar claro que o Jornalismo Literário é uma vertente que busca fugir do sensacionalismo.



Na máquina de escrever ou viciado nos 140 caracteres.
Tomando chá de cadeira ou começando a editar ainda no carro.
Desistindo da pauta ou atendendo ouvinte chato ao vivo.
Lutando contra o fechamento ou esperando a inspiração.
Harmonizando cores ou deixando coisa pra ajeitar depois.

Mil verdades em uma questão: estamos fazendo o melhor para o mundo?

O PETCom parabeniza todos os estudantes e profissionais de Jornalismo neste dia 7 de abril.



No dia do jornalista, acompanhe ao vivo a derradeira noite da II Semana de Jornalismo, que começa com a mesa-redonda “Jornalismo Cultural – Crítica cultural x Agenda cultural”, que conta com o jornalista d’O Povo  Luciano Almeida Filho e o profº Miguel Macêdo, ex-editor do caderno Vida & Arte, do jornal O Povo e professor da Faculdade 7 de Setembro. A mesa-redonda é medida pelo profº Ronaldo Salgado, jornalista experimentado na impressa cearense e queridíssimo pelos estudantes da UFC.

Na sequência, a palestra “Jornalismo Literário e Mercado”, com o jornalista, escritor, professor da Universidade de São Paulo e fundador da Academia Brasileira de Jornalismo Literário (ABJL).

Serviço:

Jornalismo Cultural – Crítica cultural x Agenda cultural

Convidados: Luciano Almeida Filho e Miguel Macêdo

Mediador: Professor Ronaldo Salgado

 

Palestra de encerramento | Jornalismo literário e mercado

Convidado: Sergio Vilas-Boas

Watch live streaming video from semjor at livestream.com


O Programa de Educação Tutorial de Comunicação Social (PETCom) realizou a mesa redonda “Jornalismo Econômico: os desafios de informar” na noite desta quarta-feira (06) no auditório Raquel de Queiroz da Universidade Federal do Ceará. Esse foi o terceiro debate da II Semana de Jornalismo da UFC, e contou com a participação de Jocélio Leal, Regina Carvalho e a mediação do professor Edgard Patrício da UFC. Jocélio apresenta o programa Vertical S/A na TV O POVO e assina uma coluna no jornal O POVO de mesmo nome, enquanto que Regina Carvalho é editora de Economia do jornal.

Regina ressaltou que o maior desafio de escrever sobre economia no jornal é tentar superar a barreira existente entre o conteúdo econômico e o leitor. ” Acho que o principal desafio é tentar traduzir para o leitor o que o especialista diz e desmistificar essa idéia de que jornalismo econômico é difícil “, afirmou.  Jocélio levantou a necessidade da especialização para que o jornalista saiba transmitir a informação.”Eu acho que um economista faria melhor do que eu”, desabafou, mas ressaltou que  ” o grande talento do jornalista é falar fácil” .

Os interesses empresariais em notícias também estiveram em pauta no debate. Regina colocou que o leitor sempre deve vir antes de interesses econômicos particulares e que cabe ao jornalista buscar no conteúdo da empresa noticiada algo que seja de interesse público. A jornalista foi questionada pelo mediador Edgard Patrício se as empresas vinculadas ao jornal a que pertence recebem tratamento diferenciado nas notícias e respondeu que ” a apuração deve ser feita sempre da mesma maneira para empresas que tenham vínculo ou não “.

O debate também deu enfoque às coberturas que costumam aparecer nos jornais feitas a convite e sob custeio de empresas  que lançam novos produtos. Jocélio falou da existência de um ” jogo de sedução” que as empresas fazem com o repórter, mas  ressaltou que ” o jornalista não é obrigado a elogiar o produto”.

Por fim, os debatedores falaram da importância de escrever sobre economia em uma linguagem compreensível ao público em geral. “O jornalista deve sempre buscar a linguagem simples”, colou Regina. ” Em nossos jornais, temos sempre a obrigação de escrever de forma didática, e a grande habilidade dos jornais é insistir no interesse do leitor”, conclui Jocélio.

A estudante Natália Almeida, da Faculdade Sete de Setembro (FA7),  assistiu à mesa redonda e falou que jornalismo econômico é algo complicado, mas ressalta que o debate “deu para refletir sobre o assunto”.



A preparação para a Copa do Mundo de 2014 foi o tema de discussão da mesa-redonda de Jornalismo Esportivo, na noite do dia 05 de Abril. A mesa contou com a presença dos jornalistas Rafael Luís e Fábio Pizzato e teve a mediação do professor Nonato Lima. O questionamento inicial lançado pelo mediador do debate orientou as discussões que se seguiram.“Será que a imprensa cearense está preparada para cobrir a Copa?”, indagou o professor. Para os jornalistas presentes, o Ceará ainda não está preparado para a cobertura deste grande evento. Entre os problemas apontados por Rafael Luís e Fábio Pizzato  estão a falta de investimento dos veículos cearenses  e também a carência de profissionais com domínio na língua inglesa.

A discussão focou também a questão da formação do jornalista. “As faculdades contribuem muito pouco para a formação em Jornalismo Esportivo”, afirmou Rafael Luís. Para Pizzato, o jornalista precisa ter uma orientação inicial do veículo. Se a empresa de comunicação fizer um‘plano de carreira’ para o funcionário, possivelmente o jornalista poderia se desenvolver melhor nas áreas com as quais mais se identifica.

Em outro momento do debate, os convidados comentaram as inovações de linguagem no Jornalismo Esportivo de televisão. Rafael Luís destacou que a entrada de jornalistas mais jovens contribuiu para uma mudança de pauta na cobertura esportiva. Pizzato afirmou que o jornalista de esporte deve procurar sair do lugar-comum e disse que na televisão, o jornalista pode brincar mais com a linguagem, o que não ocorre tanto no impresso.  Pizzato resumiu então a situação da cobertura esportiva na tv : “Antes, o Jornalismo Esportivo era informação com entretenimento. Hoje, é entretenimento com informação”.

A mesa-redonda finalizou a discussão com as perguntas da platéia. Dos questionamentos encaminhados à mesa, muitos demonstraram preocupação com o andamento e a execução das obras da Copa. Para os convidados, as mudanças necessárias para este grande evento só serão feitas em cima da hora e há a possibilidade de que muitos projetos não sejam finalizados até  o prazo final dado pela Fifa.“Nós estamos longe de estar preparados para a Copa”, concluiu Pizzato.



“O modelo de comunicação no Brasil reproduz sua centralização política”, atestou Nilson Lage no início da mesa redonda Jornalismo Político: os bastidores do poder na cobertura jornalística, que contou também com a presença do jornalista Plínio Bortolotti. O debate fez parte da primeira noite da Semana de Jornalismo da UFC, realizado ontem, 4 de abril, com mediação do professor Jamil Marques .

Plínio Bortolotti, diretor institucional do Grupo O Povo de Comunicação, destacou a qualidade do jornalismo brasileiro sem descartar a necessidade de autocrítica do profissional. Ao comentar a cobertura política feita pela imprensa nacional, denunciou a perseguição às figuras políticas. “O ataque generalizado presta um desserviço à democracia”, constatou.

Os convidados comentaram sobre as especificidades do Jornalismo Político. Segundo Nilson Lage, a cobertura política apresenta uma linguagem muito mais declaratória que as demais editorias. O foco é mais voltado para as fontes. “São poucos os fatos políticos. Trata-se mais de discursos sobre a realidade, sobre coisas não-políticas”, disse. Já Bortolotti criticou a superficialidade da maioria das pautas na área. Para ele, “é muito cômodo escrever uma matéria reproduzindo declarações e suas repercussões no ambiente político. Deve-se entender mais o contexto”.

Dentre as características apontadas na mesa, o “denuncismo” foi destacado como prática do jornalismo político após a queda do regime militar. “Na maioria das vezes, esse tipo de matéria não tem consequência. O objetivo principal é atingir pessoas”, comentou Lage. O jornalismo investigativo passou a ser confundido com os dossiês montados e prontamente reproduzidos, segundo Bortolotti. “Essa prática ganhou força depois do escândalo de Collor. A partir de então, todo mundo queria derrubar alguém, e isso causou um grande mal para o jornalismo”.

O estudante Marco Leonel Fukuda, do 3º semestre de Jornalismo, comentou sobre a discussão ao fim da mesa redonda. “O jornalismo político não é muito do meu interesse, mas devemos ter uma abertura para aprender mais sobre essa área de atuação”, disse e completou que “temos que aprender sobre muitas coisas para podermos escolher e atuar de forma mais consciente”.

 



A II Semana de Jornalismo da UFC traz hoje mesa-redonda sobre Jornalismo Esportivo. Com o tema “Cobertura de grandes eventos esportivos:o que pensar até a Copa do Mundo de 2014?”, a mesa será composta pelos jornalistas Rafael Luís e Fábio Pizzato. Rafael Luís é editor de esportes do jornal O POVO e foi correspondente da Copa do Mundo de 2010, na África do Sul. Fábio Pizzato é jornalista com especialização na área de Jornalismo Esportivo e tem experiência com cobertura esportiva televisiva. A mediação da mesa será feita pelo professor Nonato Lima.

Quem não se inscreveu para a Semana poderá assistir à mesa-redonda por transmissão on-line ou como ouvinte, no Auditório Rachel de Queiroz.Informamos também que só será emitido certificado para os inscritos que comparecerem a três noites de evento.

 

Serviço:

Terça-feira (5 de abril)

19h – 21h: 2ª mesa redonda | Tema: Jornalismo Esportivo – Cobertura de grandes eventos esportivos: o que pensar até a Copa do Mundo de 2014?

Convidados: Rafael Luís e Fábio Pizzato

Mediador: Professor Nonato Lima



A II Semana de Jornalismo da UFC teve início na noite desta segunda, 4 de abril, no Auditório Rachel de Queiroz. A palestra de abertura contou com a presença do professor e jornalista Nilson Lage, que discursou sobre o mercado do Jornalismo Especializado.

A abertura do evento também foi marcada pelas falas do professor Custódio Almeida, Pró-Reitor de Graduação da Universidade Federal do Ceará e diretor do Instituto de Cultura e Arte, e do professor Riverson Rios, coordenador do curso de Comunicação Social e tutor do PETCom.

“Todo público tem direito à informação que atenda suas demandas”, pontuou Nilson Lage durante a palestra Por que especializar? Mercado de jornalismo especializado. O professor apresentou aos estudantes um panorama histórico do mundo capitalista e de suas implicações no jornalismo atual, argumentando que o profissional deve não apenas reconhecer esta realidade, como adaptar-se à exigência do cenário segmentado. Para informar além das demandas, o jornalista especializado precisa lidar com a linguagem, a atualidade e a política de cada área.

Enquanto alguns campos requerem mais conhecimento técnico, como a física teórica ou a astronomia, a maioria das editorias exige uma visão abrangente, diferente da “super especialização”, prejudicial segundo o palestrante. Mesmo com uma tendência à segmentação dos conteúdos, Lage alerta que os jornais não priorizam informações minimamente úteis ao público, muitas vezes deixando de atuar positivamente junto à sociedade.

O jornalista enfatizou que o conhecimento em determinadas áreas pode ser o diferencial no mercado, como informática, design, estatística social, fotografia e vídeo. Para ele, esta bagagem pode vir tanto de cursos posteriores à graduação como no cotidiano da profissão. Já numa perspectiva de especialização nos fundamentos do jornalismo, o professor deu maior importância ao estudo da filosofia, ciências da informação, história, artes, psicologia e economia.

Lage finalizou sua explanação ao refletir sobre o advento das novas mídias e seu poder de transformação na Comunicação do futuro. “Eu não sei. É melhor esperar do que dar palpite”, declarou o professor. Para ele, as mudanças no mercado informativo dependem menos das tecnologias e mais de seus usos. “É bom que vocês [estudantes] não tentem buscar essa resposta também”, acrescentou.

Catherine Santos, aluna do 3º semestre de Jornalismo da UFC, avaliou a primeira palestra da Semana de Jornalismo como enriquecedora para os estudantes. “Foi importante porque Nilson Lage comentou os diversos ramos do jornalismo atual e usou uma linguagem viva e descontraída, além de discorrer sobre especialização na academia e na profissão”.

Tempo real

A palestra foi transmitida ao vivo no site da II Semana de Jornalismo para quem não conseguiu se inscrever ou não pôde comparecer. A ex-coordenadora do curso de Comunicação Social da UFC, Glícia Pontes, acompanhou o primeiro dia do evento direto de Pernambuco e parabenizou a iniciativa dos alunos via Twitter.



A II Semana de Jornalismo começa hoje às 18h, com a palestra de abertura “Por que especializar? – O mercado de Jornalismo especializado”. A palestra contará com a presença de Nilson Lage, autor de obras essenciais da área de Jornalismo como ”Linguagem Jornalística” e “Estrutura da Notícia”. Pedimos aos estudantes inscritos que cheguem ao local do evento com meia hora de antecedência para assinar a lista de presença e também para garantir um bom lugar no Auditório Rachel de Queiroz. Após a palestra de abertura, haverá a primeira mesa-redonda da Semana com o tema “Jornalismo Político: os bastidores do poder na cobertura política”. Nilson Lage, Plínio Bortolotti e Jamil Marques compõem a mesa.





No primeiro dia da II Semana de Jornalismo da UFC, 4 de abril, será debatido o Jornalismo especializado na área política logo após a palestra de abertura Por que especializar?, ministrada por Nilson Lage. A mesa redonda irá discutir o tema Jornalismo político: os bastidores do poder na cobertura jornalística e será composta por Lage e Plínio Bortolotti . O professor de Comunicação Social da UFC Jamil Marques será o encarregado de mediar a mesa.

Nilson Lage é aposentado do cargo de professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina e atuou em jornais como O Globo e Última Hora. Além disso, é autor de livros sobre jornalismo, como Estrutura da Notícia e Linguagem Jornalística. Plínio Bortolotti é Diretor Institucional do Grupo de Comunicação O POVO e já foi repórter, editor e ombudsman do jornal O POVO. Jamil Marques refere-se ao dois convidados como “pessoas que pensam e que praticam jornalismo sem dar as costas nem para a prática nem para a teoria”. Para ele, tanto Lage quanto Bortolotti têm um conhecimento sobre o funcionamento do jornalismo não apenas do ponto de vista do profissional, mas também empresarial.

O professor também fala da importância da especialização do jornalismo na área política com o advento de tecnologias como a Internet. “Na medida em que o leitor tem acesso a uma informação mais barata, ele tem uma capacidade de se aprofundar acerca de um tema específico. Em época de eleições, ao digitar algumas palavras no Google, o leitor tem a capacidade de saber o que é um quociente eleitoral ou voto distrital misto, por exemplo. Se você quiser contemplar  o leitor, é necessário sempre ler e se especializar”.

Serviço

Mesa redonda: Jornalismo Político: os bastidores do poder na cobertura jornalística, com Nilson Lage e Plínio Bortolotti.

Mediação: Jamil Marques

Dia: 04/04

Horário: 19h30

Local: Auditório Rachel de Queiroz  |  CH2 – Campus do Benfica

 

 




II Semana de Jornalismo

Realizado pelo Programa de Educação Tutorial do Curso de Comunicação Social da UFC, a II Semana de Jornalismo acontece entre os dias 04 e 07 de abril no Auditório Rachel de Queiroz (CH2), discutindo o tema "Jornalismo Especializado".




Imagens da II Semana de Jornalismo:





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